
Com base na Bíblia Sagrada (e não nas cartilhas da sua denominação) um ministro do evangelho levantado por Cristo pode trocar de denominação, quando a sua denominação atual NÃO lhe permite pregar o evangelho genuíno e o substitui por outro modelo de vida eclesiástica?
Eu entendo que o pastor pode sim mudar de denominação, principalmente se a denominação na qual ele atua aderir heresias antibíblicas ou se a liderança da igreja começar a envolver-se em atitudes ímpias. Afinal isto seria um jugo desigual e o texto bíblico diz claramente que o cristão fiel a Deus não pode viver debaixo do jugo dos infiéis.
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" - 2 Coríntios 6:14
"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais" - 1 Coríntios 5:11
Diante daquilo que a Bíblia Sagrada apresenta podemos dizer que se a liderança de uma igreja se mete nestes tipos de encrencas acima descritos, o pastor subordinado ou membro comum tem a liberdade bíblica de pular fora e não ser submisso a liderança inescrupulosa.
Pode sim, por diversos motivos de força maior. Quando o sistema religioso aprisiona o obreiro de forma a descaracterizá-lo como pessoa e a denominação passa a ser dona dele e não Cristo, tal pregador precisa apegar-se ao evangelho e as escrituras e deixar de ser servo dos homens.... Não precisa nem de texto bíblico para entender isto, mas como quem manda é a bíblia aqui vai...
"Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" - Colossenses 2:8
Há muitos crentes presos em filosofias humanas, outros presos nas sutilezas de pregadores inventores de heresias e outros que não sabem para onde estão indo... A religião aprisiona o homem, Jesus o liberta... Esta é a grande diferença...
O problema básico do cristianismo hoje é que uma parcela de crentes jogou a sua bíblia no mato...
SIM!
Um pastor legítimo sabe que o seu chamado, serviços e devoção estão firmados em quem o chamou.
Não sou contra um pastor prestar os seus serviços em uma instituição religiosa, mesmo porque, um CNPJ é legal e facilita bastante o ministro em sua missão (ações sacramentais). Quantos de nós fomos alcançados e abençoados por intermédio de uma comunidade de fé? O que muitas vezes torna-se confuso a um pastor é a distinção entre a sua responsabilidade para com os princípios sacros e os caprichos denominacionais. Ainda mais quando o ministro trabalha em uma instituição que tem "Dono". Quem já pertenceu a esses grupos sabe que todas as experiências, discursos e leituras bíblicas estão sujeitas às artimanhas do "Dono". Consequentemente, o ministro será um capacho e não um pastor bíblico.
Gostaria, portanto, de concluir a minha posição frisando a liberdade do ministro quanto à sua ingressão ou egressão nos perímetros institucionais. Se o ministério é humano, submeta aos caprichos humanos; mas se o Ministério é de Cristo, ignore a fama, holofotes, as bajulações, salários etc. E cumpra a tua carreira.
Que Deus nos abençoe!